2 de set. de 2011

Greve dos professores em MG continua! Agora com o apoio também de Leonardo Boff


O Governo de Minas Gerais ainda não se deu conta da condição política que vive o movimento dos educadores, da qualidade política que este tem tomado. Após uma proposta ridícula de piso salarial de R$712,00 para a categoria (valor único para quem tem ensino médio, superior, pós-graduação...), no último dia 31/08/11, horas antes de mais uma assembléia dos professores, foi votado com unanimidade que a greve continua!

A participação de mais de 40 organizações políticas em apoio à luta pela educação, além de milhares de indivíduos apoiadores, tem condicionado à uma "politização" do movimento em geral. E com essa força, não será qualquer proposta do Governo, que a categoria aceitará. A luta é pelo piso salarial nacional. Esse "ombro-a-ombro" dos vários movimentos sociais, sindicatos e movimentos estudantis junto aos educadores trouxera resultados muito positivos à luta, que a cada dia toma um patamar mais maduro.  

 "A luta dos professores é a nossa luta!", "Mexeu com o(a) professor(a), mexeu comigo!", assim nós das Brigadas Populares temos afirmado e participado em conjunto nesse coletivo. 


Após a manifestação pública e ao vivo de Miguel Arroyo http://www.youtube.com/watch?v=mzdgfwZtRow, prestando seu apoio aos educadores/as de MG, na assembléia feita em 24/08/11, agora foi a vez de Leonardo Boff, que apesar de não comparecer no ato, enviou uma carta de apelo ao governador Antônio Augusto Anastasia.

Leonardo Boff

"Queridos colegas professoras e professores,
Estou estarrecido face à insensibilidade do Governador Anastasia face a uma greve dos professores e professoras por tanto tempo.
Ele precisa ser inimigo de sua própria humanidade para fazer isso.
Ele não ama as crianças, não respeita seus pais, despreza uma classe de trabalhadores e trabalhadoras das mais dignas da sociedade, aquelas pessoas a quem nós confiamos nossos filhos e filhas para que recebam educação e aprendam a respeitar os outros e a acatar as autoridades que foram eleitas para cuidar dos cidadãos.
Essa intolerância mostra falta de coração e de compaixão no sentido mais nobre desta virtude que é sentir a necessidade do outro, colocar-se ao seu lado para aliviar seu padecimento e resgatar a justiça mínima de um salário necessário para a vida.
Recordo as palavras da revelação consignadas no livro do Eclesiástico capitulo 34 versículo 27:”Derrama sangue, quem priva o assalariado de seu salário". Não queremos um governador que aceita derramar sangue por não querer ceder nada aos professores e professoras que pedem o que é minimamente certo e justo.
Quero me solidarizar com todos vocês e apoiar as revindicações que estão formulando.
Com meus melhores votos e também preces diante daquele que sempre escuta o grito dos oprimidos e injustiçados".
Leonardo Boff
Teólogo e escritor

Um comentário:

  1. "A luta dos professores é a nossa luta!", "Mexeu com o(a) professor(a), mexeu comigo!"

    EU APÓIO A GREVE .

    A luta continua !!

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